No decorrer dessas andanças os parceiros que fomos encontrando e firmando alianças por algum motivo estão diretamente ligados a movimentos de resistência. O Coletivo Casa Preta é mais um destes que se abriu para nós vivo e intenso como uma folha de coração de nego.
Esta casa está fincada na Terra Firme e há alguns anos atua na região na área de formação e difusão da cultura e arte negras.
Infelizmente pudemos estar na casa apenas por duas vezes, porque gostaríamos de estar mais, mas foram encontros muito significativos.
Já no primeiro dia ficamos encantados com o espaço físico do coletivo que também é casa dos coordenadores e organizadores. Uma sala repleta de discos e uma pick-up fazendo um som. No corredor de entrada uma montanha de alfaias prontinhas para ressoarem! E nós tivemos a alegria de poder participar de uma oficina de maracatu com Don Perna (um dos coordenadores da casa) que é nascido em Sampa mais de espírito paraense, literalmente um grande homem a quem tivemos o prazer de conhecer.
Ao fundo da casa um quintal coberto onde os artistas podem desenvolver suas criações.
O Coletivo Casa Preta oferece atividades gratuitas para a comunidade local como aulas de música e percussão, danças, grafite e desenvolve regularmente eventos ligados a cultura afro-brasileira.
Foi lá também que tivemos a oportunidade de conhecer o grafiteiro Fábio Graf e também o grafiteiro e Wbs, dois artistas da resistência e de luta, cada um com um coração enorme e uma capacidade de criação admiráveis.
As portas foram abertas e esperamos que os elos se mantenham ligados, ali encontramos algumas Pérolas Negras que despertou em nós ainda mais o sangue negro que corre em nossas veias de brasileiros.
Para aqueles que quiserem saber mais sobre eles é só clicar: https://www.facebook.com/profile.php?id=100001628502830&fref=ts